quinta-feira, 18 de julho de 2013

Corpos Menores do Sistema Solar: Cometas

Cometa Halley
Em continuação ao assunto dos corpos menores do Sistema Solar, falamos agora dos magníficos cometas.
A palavra "cometa" tem origem grega e significa "cabeleira da cabeça". Cometas são objetos que orbitam o Sol mas não se limitam ao plano da eclíptica. Suas órbitas possuem inclinações muito diversificadas, podendo ter excentricidades muito acentuadas e ultrapassar, e muito, as órbitas dos objetos transnetunianos mais afastados. Portanto, as maiores órbitas do sistema solar estão entre os cometas.

Esses astros são compostos basicamente por gelo. Seu núcleo é constituído de matéria sólida: grãos de poeira e gelo de substâncias orgânicas. As dimensões do núcleo dos cometas podem estar compreendidos de algumas dezenas de metros a mais de 40 km. Devido a esse pequeno tamanho e suas imensas distâncias, é muito difícil, ou até impossível, detectar esses objetos. Eles se tornam visíveis somente quando se aproximam do sol.

As órbitas dos cometas são muito excêntricas, podendo chegar além dos
objetos transnetunianos mais afastados.       Fonte: Wikipedia
À medida que chegam mais perto do sol, outras camadas de matéria se formam ao redor do núcleo dos cometas. A aproximação à estrela causa aumento da temperatura do núcleo, os gases, antes congelados, começam a sublimar, ou seja, saem do estado sólido para o gasoso, e escapam formando a chamada coma. O movimento do cometa juntamente com a ação do vento solar empurram em sentido contrário poeira e gases formando suas caudas: de gás e poeira. Formando um dos mais magníficos fenômenos que podemos observar.

Mas de onde vêm esses objetos? Bem, acredita-se que eles sejam representantes dos primeiros momentos de vida do sistema solar e veem provavelmente de uma região muito remota, a chamada Nuvem de Oort, idealizada por um holandês, Jan H. Oort. Supõem-se que seja uma nuvem de gás, poeira e cometas que circunda todo o sistema solar, como uma casca esférica. Ocasionalmente os cometas, que concentram-se nessa região, são perturbados gravitacionalmente e suas órbitas são modificadas de modo que passem próximas do sol.

As passagens dos cometas próximas do sol podem ser dramáticas. Se passarem com velocidades suficientes eles podem passar com tranquilidade e serem arremessados de volta aos confins do sistema solar, mas se isso não acontecer? Muitos perdem totalmente seus materiais voláteis e se tornam uma pequena rocha, escura e inerte, parecendo um asteroide. Outros podem ser totalmente desintegrados pelas poderosas forças gravitacionais do sol sobre os pobres cometas. Mas muitos também podem ter um final espetacular. Podem acabar mergulhando no Sol, em um planeta ou num outro corpo. Um fenômeno desses aconteceu na década de 1990, mais precisamente em 1994. O infeliz cometa Shoemaker-Levy 9 foi atraído pelo gigantesco Júpiter, as forças gravitacionais o desintegrou e seus fragmentos atingiram o planeta.

Colisão do que restou do cometa Shoemaker-Levy 9 no planeta Júpiter,
em 1994.        Fonte: Youtube
Agora, e em relação aos períodos orbitais? Bem, seus períodos orbitais variam bastante, podem durar de menos de uma década a centenas de milhares de anos. O cometa Halley, o mais famoso, tem um período de cerca de 76 anos, sua última passagem próxima do sol foi em 1986, só retornará em 2062. Já o Hale-Bopp, que deu um show em 1997, infelizmente vai demorar para retornar, somente lá por volta do ano 4380. O Hyakutake  passou pelas proximidades do Sol em 1996, considerado o maior daquele ano, e seu período orbital está na casa dos 100.000 anos!

Esses são os cometas, os protagonistas de um dos mais magníficos fenômenos que podemos presenciar!

Bons céus à todos!!!

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