Cometa Halley |
A palavra "cometa" tem origem grega e significa "cabeleira da cabeça". Cometas são objetos que orbitam o Sol mas não se limitam ao plano da eclíptica. Suas órbitas possuem inclinações muito diversificadas, podendo ter excentricidades muito acentuadas e ultrapassar, e muito, as órbitas dos objetos transnetunianos mais afastados. Portanto, as maiores órbitas do sistema solar estão entre os cometas.
Esses astros são compostos basicamente por gelo. Seu núcleo é constituído de matéria sólida: grãos de poeira e gelo de substâncias orgânicas. As dimensões do núcleo dos cometas podem estar compreendidos de algumas dezenas de metros a mais de 40 km. Devido a esse pequeno tamanho e suas imensas distâncias, é muito difícil, ou até impossível, detectar esses objetos. Eles se tornam visíveis somente quando se aproximam do sol.
As órbitas dos cometas são muito excêntricas, podendo chegar além dos objetos transnetunianos mais afastados. Fonte: Wikipedia |
Mas de onde vêm esses objetos? Bem, acredita-se que eles sejam representantes dos primeiros momentos de vida do sistema solar e veem provavelmente de uma região muito remota, a chamada Nuvem de Oort, idealizada por um holandês, Jan H. Oort. Supõem-se que seja uma nuvem de gás, poeira e cometas que circunda todo o sistema solar, como uma casca esférica. Ocasionalmente os cometas, que concentram-se nessa região, são perturbados gravitacionalmente e suas órbitas são modificadas de modo que passem próximas do sol.
As passagens dos cometas próximas do sol podem ser dramáticas. Se passarem com velocidades suficientes eles podem passar com tranquilidade e serem arremessados de volta aos confins do sistema solar, mas se isso não acontecer? Muitos perdem totalmente seus materiais voláteis e se tornam uma pequena rocha, escura e inerte, parecendo um asteroide. Outros podem ser totalmente desintegrados pelas poderosas forças gravitacionais do sol sobre os pobres cometas. Mas muitos também podem ter um final espetacular. Podem acabar mergulhando no Sol, em um planeta ou num outro corpo. Um fenômeno desses aconteceu na década de 1990, mais precisamente em 1994. O infeliz cometa Shoemaker-Levy 9 foi atraído pelo gigantesco Júpiter, as forças gravitacionais o desintegrou e seus fragmentos atingiram o planeta.
Colisão do que restou do cometa Shoemaker-Levy 9 no planeta Júpiter, em 1994. Fonte: Youtube |
Esses são os cometas, os protagonistas de um dos mais magníficos fenômenos que podemos presenciar!
Bons céus à todos!!!
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