quarta-feira, 29 de maio de 2013

Série Sistema Solar: Júpiter

Planeta Júpiter.    Fonte: revistadeciframe.com
Continuamos nossa viagem pelo Sistema Solar... E nosso destino de hoje é Júpiter...

Júpiter, nome que corresponde, no grego, ao deus Zeus, o maior e mais poderoso do Olimpo... O planeta faz jus a esse nome, não é mesmo?... É o maior do Sistema Solar, é o quinto em distância do Sol, estando em média a 800 milhões de quilômetros da estrela...

Júpiter tem cerca de 141 mil quilômetros de diâmetro, 11 vezes a Terra,  possui uma massa 2,5 vezes maior que todos os planetas do Sistema Solar juntos! Júpiter é um planeta gasoso - planetas gasosos são chamados também de jovianos - ou seja, não é rochoso como os planetas telúricos ( Terra, Vênus, Marte e Mercúrio), apesar de possuir um núcleo sólido. Sua temperatura média é cerca de -108°C.

Sua atmosfera é composta basicamente de Hidrogênio e Hélio, mas também há amônia, metano em proporções bem pequenas. Sua atmosfera é bem turbulenta, os ventos por lá atingem o patamar de 600km/h!

Uma anomalia bem conhecida de sua atmosfera é a Grande Nuvem Vermelha:

Grande Mancha Vermelha em Júpiter.   Fonte: imperiumsolis.blogspot.com
Os ventos nessa tempestade atingem cerca de 500km/h. Ela está lá a muito tempo, datado desde do século XVII. Além da idade, impressiona as dimensões, possui em torno de duas vezes o tamanho da Terra!

Júpiter tem um dia bem curto, em torno de 10 horas e um ano lá, corresponde a cerca de 12 anos terrestres.

O maior planeta do Sistema Solar tem 63 satélites naturais confirmados. Uma boa parte, cerca de 47, são bem pequenos, com diâmetro da ordem de 10km de diâmetro. Os maiores, e conhecidos, são: Ganimedes, Calisto, Io e Europa. Há um destaque maior para Ganimedes, pois ele é o maior satélite de todo Sistema Solar, é maior até mesmo do que Mercúrio! Essas quatro "luas" são também chamadas de galileanas, pois foram vistas pela primeira vez por Galileu Galilei em 1610.

Maiores satélites de Júpiter sendo comparados com o diâmetro da nossa Lua.
Fonte: obaricentrodamente.blogspot.com 
Esses satélites têm características interessantes e importantes para a ciência. Além da singularidade de Ganimedes, Io é um dos poucos corpos do Sistema Solar que possui atividade vulcânica e é bem provável que haja oceanos líquidos especialmente em Europa.

 As belezas desse planeta não param por ai. Poucos sabem é que Júpiter também tem anéis! Claro que são invisíveis para nós aqui na Terra, porque são muito finos e tênues. Provavelmente são fruto de poeiras vindas de seus satélites.

Silhueta dos anéis de Júpiter fotografada pela sonda Galileo.
Fonte: wikipedia.org
Várias sondas já foram enviadas ao planeta ou passaram por lá nas últimas décadas. Destaque para as Voyager e para a sonda Galileo (imagem acima foi feita à partir dela). Para o futuro, em 2016 a sonda Juno, que foi lançada em 2011, deve chegar em Júpiter. Espera-se que ela dê muitas informações da atmosfera do gigante gasoso.

Para quem gosta de observar o céu, Júpiter é visível a olho nu. Mas com pequenos binóculos já é possível distinguir os seus 4 maiores satélites. Bons Céus!

Nossa visita ao gigante gasoso termina aqui, mas a viagem continua... Não perca!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Série Sistema Solar: Marte

                                                                                        Fonte: wikipedia.org
Continuamos nossa viagem pelo nosso Sistema Solar, saímos da Terra e vamos em direção à Marte, nosso vizinho mais externo...

O nome desse planeta vem do deus latino, Marte, o deus da guerra, seu correspondente na mitologia grega é Ares. Sua distância média ao Sol é de cerca 228 milhões de quilômetros. A distância do planeta à Terra varia de 60 milhões de quilômetros a cerca de 360 milhões de quilômetros. É o último planeta telúrico ( planeta telúrico é o mesmo que rochoso).

Marte tem algumas semelhanças com a Terra, por exemplo, o dia lá tem quase a mesma duração e também tem quatro estações, mas o ano dura quase 2 anos terrestres, são cerca de 686 dias. A sua atmosfera tem uma constituição bem diferente, cerca de 97% é constituída de dióxido de carbono, 2,7% de nitrogênio e pouquíssimo oxigênio, cerca de 0,2%. O restante são gases diversos. A temperatura na superfície do planeta varia de -90°C a 30°C.

O Planeta Vermelho tem aproximadamente a metade do diâmetro da Terra, por volta de 6.792 km.

Comparação entre a Terra e Marte. Fonte: Wikipedia.org
E o nome Planeta Vermelho? Esse nome vem do fato de que Marte tem uma superfície avermelhada-alaranjada, como podemos ver. Essa cor característica do solo marciano vem da presença do óxido de ferro, nada mais que ferrugem, presente em minerais como hematita. Outra característica da superfície desse planeta são as grandes planícies, mas há muitas crateras, vales e montes. A maior elevação do Sistema Solar é de lá, o chamado Monte Olimpo que tem cerca de 25 km da base ao topo. Para ter uma ideia, a maior elevação da Terra é o monte Everest com quase 9 km de altura, ou seja, o "montinho" de nosso planeta é quase 3 vezes menor do que a "casa dos deuses" lá de Marte. Impressionante, não?!

Marte tem dois satélites naturais: Fobos e Deimos (em grego, Medo e Terror, filhos do deus Ares). São bem pequenos, da ordem de 20 km de diâmetro, eles têm uma forma irregular, semelhante a uma batata. Provavelmente são asteroides capturados pela gravidade do planeta.


As duas "luas" de Marte. Fonte: blog.educacaoadventista.org.br

Marte é de grande interesse de estudos desde um bom tempo atrás. O envio, ou somente tentativas, de sondas para investigar o planeta vem desde o primeiro ano da década de 70. Mas a que chegou com sucesso à superfície marciana foi a sonda norte-americana Viking I que pousou no solo em 1976. De lá pra cá, diversas sondas foram enviadas à Marte, a mais recente pousou por lá em agosto de 2012, é a Curiosity, que além de nos encantar com belíssimas imagens do planeta vermelho, concede muitos dados cruciais para estudos científicos.

Foto tirada pela própria sonda Curiosity em solo marciano. Fonte: nasa.gov

Mas logo, ou nem tanto assim, o humano deve pisar em Marte. É muito provável que essa façanha seja feita por volta da década de 2030. Mas existe uma empresa holandesa, a Mars One, que quer levar humanos ao planeta um pouco mais cedo, por volta de 2023, e você pode fazer sua inscrição... serão 7 anos de treinamento para uma equipe de 40 pessoas. Mas um detalhe, a viagem é só de ida! Isso mesmo, quem quiser conhecer Marte de perto, terá que ficar por lá mesmo.

Nossa viagem pelo Planeta Vermelho termina aqui, é o final de uma visita, mas a grande viagem pelo Sistema Solar continua na próxima semana... Não perca.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Série Sistema Solar: Terra

Seguimos viagem pelo Sistema Solar, já visitamos Mercúrio e Vênus, agora chegamos ao planeta Terra, nossa querida casa...

Terra é o nome de uma deusa romana, esposa do Céu, e nossa casa. Nosso planeta se encontra a aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol, tem um diâmetro de 12.756 km. Sua formação é datada de cerca de 4,5 bilhões de anos atrás quando o Sistema Solar estava em formação.
Nosso planeta é o mais denso, é o maior dos 4 planetas telúricos (planetas rochosos são chamados de telúricos) e o 5° maior dos 8 planetas do sistema solar.

Planetas telúricos ( rochosos) em ordem de distância do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

A Terra leva 365 dias aproximadamente para completar uma volta ao redor de nossa estrela e 24 horas para girar ao redor de si mesma, gerando os dias e noites. A Terra mergulha no espaço com uma velocidade de 30km/s, são cerca de 107.000km/h !

A atmosfera do planeta é basicamente constituída de nitrogênio, cerca de 78%, há também o importante oxigênio que compõe 21%, e o 1% restante é constituído de gás carbônico e outros gases. Uma curiosidade é que a aparência azulada da atmosfera é devido a grande presença de nitrogênio.

Nossa atmosfera é uma grande responsável pela manutenção de vida aqui na Terra, graças à ela temos uma temperatura média em agradáveis 15°C, se não fosse isso a temperatura média ficaria em torno de -15°C. Como todos sabemos, o efeito estufa retém parte do calor que recebemos do Sol, o gás carbônico é o principal agente, mas com o crescente aumento de liberação desse gás na atmosfera por meio do uso intenso de combustíveis fósseis, o efeito estufa está sendo intensificado e o aumento gradual da temperatura global já está sendo observado. O aquecimento global é um dos principais desafios para a humanidade.

Além disso, a Terra poderia ser chamada de planeta Água, e com razão, cerca de 70% da superfície é coberta por água. Para se ter uma ideia da imensa quantidade desse líquido tão precioso, se toda a superfície terrestre ( a crosta terrestre) fosse aplainada, nivelada, os oceanos cobririam tudo e formaria um só oceano com 400 m de profundidade! Mas somente uma ínfima parte dessa água é doce, sendo que dessa fração, uma outra pequena parte está à disposição para uso humano, presente nos rios.

Não poderíamos deixar de falar de nossa querida Lua, que gira ao redor de nosso planeta...



Segundo teorias, a Lua surgiu quase que na mesma época da Terra. A hipótese mais aceita é que um imenso  objeto, do tamanho de Marte, tenha colidido com a Terra e ejetado uma parte da matéria de nosso planeta, formando a Lua. Seu diâmetro é de 3.474 km e está a uma distância de cerca de 384.000 km da Terra e leva cerca de 27 dias para completar um revolução ( "translação" da Lua ao redor da Terra). Nosso satélite natural não tem atmosfera ( portanto sem efeito estufa), o que causa uma diferença de temperatura muito grande em sua superfície na ordem de 100°C de dia e -175°C à noite!

Mas além de embelezar nossas noites, ela influencia a Terra muito mais do que pensamos. 
As marés são resultado dessa interação que há entre esses dois corpos celestes. Mas além disso ela faz "atrasar" o período de rotação da Terra, a cerca de 400 milhões de anos atrás os seres que aqui habitavam viviam em dias com 22 horas de duração!

Uma curiosidade de nosso belo satélite natural é que ela se afasta da Terra cerca de 38 milímetros a cada ano, parece pouco, mas em longos períodos de ordem de milhões de anos, o afastamento chega a vários quilômetros, podemos até perdê-lo!

Portanto a Lua mantém estáveis diversas dinâmicas da Terra.


Nossa viagem pelo Planeta Terra termina aqui e nos dirigimos para o próximo destino, não percam!!!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Série Sistema Solar: Vênus

Nossa viagem pelo Sistema Solar continua, saímos de Mercúrio e agora nos encontramos em Vênus...



Muito conhecido como Estrela D'alva aqui no Brasil, por se apresentar antes do amanhecer e antes do anoitecer, mas como sabemos não é uma estrela e sim um planeta chamado Vênus.
Seu nome é latino e tem correspondência no grego como Afrodite, a deusa do amor, da beleza... Está a cerca de 108 milhões de quilômetros do Sol, é o segundo em distância a estrela, é o planeta mais brilhante visto aqui da Terra.
Enquanto Mercúrio é bem pequeno (2/5 do tamanho da Terra), Vênus é comparável ao nosso planeta, tendo apenas 650 km de diâmetro a menos.


Além do tamanho, Vênus é muito semelhante à Terra em composição química e massa. Mas algo é bastante diferente, sua atmosfera extremamente densa. Ela é composta por cerca de 97% de gás carbônico e os outros 3% é praticamente nitrogênio, a atmosfera que além de gerar uma pressão atmosférica cerca de 100 vezes maior do que a da Terra, faz a temperatura chegar a impressionantes 460°C devido ao super efeito estufa. Temperatura maior até do que Mercúrio! Suas nuvens são formadas por diversas substâncias, uma delas é o ácido sulfúrico. Devido a essa espessa atmosfera sua superfície só pode ser visualizada por radar.

Vênus guarda outras características bastante diferentes, por exemplo, seu movimento de rotação é oposto ao dos outros planetas, ou seja, enquanto na Terra o Sol nasce a leste e se põe a oeste, lá o Sol nasce a oeste e se põe a leste! Como se não bastasse essa esquisitice, é o único planeta em que o período de rotação (243 dias) dura mais do que o período de translação (225 dias). O dia em Vênus é maior que o ano!

Assim como Mercúrio, o planeta Vênus, por estar entre o Sol e a Terra, atravessa o disco solar em determinados momentos da história.


Esse fato ocorre aos pares com 8 anos entre cada acontecimento, em um período de cerca de 105 a 120 anos aproximadamente. Nesse século XXI o último acontecimento foi no ano passado, 2012, que fez parte do par 2004-2012. Os últimos trânsitos aconteceram nos finais do século XIX, em 1874-1882. Os próximos trânsitos serão no século XXII e acontecerão em 2117 e 2125.

Esse bonito e brilhante planeta pode ser visualizado por pequenas lunetas, telescópios, binóculos, no qual podemos observar suas fases, ou dependendo da abertura do instrumento, mais detalhadamente sua atmosfera.

Nossa viagem por Vênus termina aqui... Mas no próximo post vamos continuar essa viagem pelo belo Sistema Solar. Não percam!!!
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