quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nebulosas

Nebulosa da Borboleta, do tipo planetária. Localiza-se
na constelação do Escorpião.     Fonte: Hubble Gallery
Quem nunca viu estas imagens belíssimas do espaço na internet? Muitas vezes, não é mesmo? Pois bem, esse artigo vai tratar dessas estruturas cósmicas que são maravilhosas, rodeadas de um ar fascinante e misterioso que aguça nossas imaginações. Vamos falar das nebulosas.

Começando pelo nome, nebulosa vem da palavra latina nebula, que significa nuvens, névoa. Elas são nuvens constituídas de poeira e gás que se encontram no interior das galáxias. Até o século XX, todas as estruturas observadas no espaço que assemelhavam com nuvens, eram consideradas nebulosas. Isso se dava pela inexistências de telescópios mais sofisticados. Somente após os anos 20, Edwin Hubble, munido do maior telescópio da época, descobriu que parte das diversas nuvens antes indistintas, eram na verdade galáxias. Hoje, os astrônomos sabem que galáxias e nebulosas são objetos diferentes e com suas próprias características.

As nebulosas são classificadas em nebulosas de emissão, nebulosas de reflexão, nebulosas escuras e nebulosas planetárias. Vamos descrever com mais detalhes cada uma dessas classes.

Nebulosa de Emissão

Como o próprio nome já sugere, esse tipo de nebulosa emite brilho. Esse brilho provém da radiação emitida por estrelas próximas e que causam a excitação dos átomos de gás presentes na nebulosa, fazendo-os emitir radiação. Como a maior parte dos gases presentes nas nebulosas é o hidrogênio, elas tendem a terem uma coloração avermelhada. As temperaturas chegam na ordem dos 10 mil graus celsius.

Nebulosa de Órion, localizada na constelação de mesmo nome, é do tipo
emissora. Está a cerca de 1.500 anos-luz.   Fonte: Hubble Gallery

Nebulosa de Reflexão

Esse tipo de nebulosa é acusada pelo nome, não é mesmo? Elas se encontram distantes de estrelas ou estas não são quentes o suficiente para excitar seus átomos e fazê-las emitir radiação. Nesse caso o brilho visto nelas vem da reflexão da luz, advindas de estrelas, nas partículas de poeira da nebulosa. O brilho refletido geralmente é azulado, devido a maior facilidade de dispersão nessa faixa do espectro.

Nebulosa Cabeça de Bruxa tem brilho muito fraco. Possivelmente
ela é iluminada pela estrela Rigel, da constelação de Órion. Esta nebulosa
localiza-se em Eridanus, a cerca de 1000 anos-luz.    Fonte: Wikipedia

Nebulosa Escura

Já este tipo de nebulosa não é iluminada por nenhuma estrela. São visíveis quando há um fundo mais claro atrás delas. Estão em regiões com pouca concentração de estrelas. As maiores nebulosas desse tipo podem ser vistas a olho nu, aparecem como caminhos escuros frente ao fundo brilhante da Via Láctea.

Nebulosa Cabeça de Cavalo, encontra-se na constelação de Órion.
Um bom exemplo de nebulosa escura. Está a cerca de 1500 anos-luz.   Fonte: Hubble Gallery

Nebulosa Planetária

Essa tipo de nebulosa não tem nada a ver com planetas, ela recebeu este nome por supostamente se assemelhar em aparência com planetas gasosos. Elas são originadas de fenômenos que marcam os estágios finais da vida de certas estrelas. Quando uma estrela de massa semelhante a do Sol acaba com suas reservas de hidrogênio, ela se expande e começa a queimar o hélio, tornando-se uma estrela gigante vermelha. A certa altura ela colapsa e ejeta grande parte de sua massa ao seu redor formando um invólucro de gás em expansão e uma pequena anã-branca a se resfriar em seu centro .Sua vida é "curta", em torno de algumas dezenas de milhares de anos, é "curta" se comparado à vida das estrelas que é da ordem de bilhões de anos. Esse, provavelmente, será o destino de nosso querido Sol, quem viver mais alguns bilhões de anos, verá...

Nebulosa do Anel, localiza-se na constelação de Lira e situa-se
a cerca de 2.500 anos-luz. É um exemplo de nebulosa planetária.    Fonte: ccvalg.pt

Pois é, as nebulosas são objetos magníficos e misteriosos ao mesmo tempo. Espero que tenham gostado!

Bons céus à todos!

Referências: ciencia.hsw.uol.com.br, astronomia.web.st, Wikipedia

Um comentário:

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